Céu escuro
Estrelas escondidas ao se tocarem brilham
Se arrepiam, extremessidas
Molhando levemente por entre as nuvens

Quanto tempo a gente perde

fazendo o que não enobrece a alma.

Se fosse para citar, não caberia aqui.

Ou faltaria.

Os homens em sua maioria são medíocres!

Tapados!!

Podres!!!

Num mundo maravilhoso a sua volta

Divino.

As vezes me dizem por ai para segurar a onda

mas esquecem de dizer que ela é muito mais forte que eu

Muito maior

e que nem sempre eu sei de seu desfecho

Onde se quebra

De onde surgiu

Por quê, como um funil, veio me encontrar.

Eu prefiro dizer para surfar a onda

Deixar que ela nos leve sem pensar

Aprender seus movimentos

tudo que ela tem a ensinar

De onde vem, quando se quebra

basta observar

Viver a onda, 

mesmo quando cai,

nos faz entender um pouco mais

de toda imensidão do mar.

Dar a palavra

é doar a alma.

Doa a quem 

A tua ausência calma

reflete o quão 

o mundo pouco te importa.

Nada passa batido quando se deve descartar

como quando se é o próprio descarte do acreditar.

O que será que se fez por dentro

da-se o jeito de noutrem contrar.

E o vento sopra a refrescante brisa.

Enxuga as lágrimas do que não se pôde mudar.

Dói como primeiro parto

assumir as rédeas do que não se pôde outrora notar.

Poema de pequeno espaço

Dormir e acordar com quem se ama

é como se acostumar com o sol e a lua.

É ter a energia vital ao despertar

e toda penumbra calma do adormecer.

No decorrer da noite contar com ela

como conta-se com o mais belo sonho.

Acordar no meio da noite e ve-la ao meu lado.

Toca-la com a boca num beijo puro.

Sussurrar palavras de carinho.

Saciar-se com um sorriso singelo

Sentir o cheiro inconfundível de estar a vontade.

E voltar ao sonho que já não se sabe se é realidade.

Olhos pequenos
Uma professora.
Tão sonhadora quanto eu.
Me ensina a me conhecer melhor.
Uma mulher.
Quem sabe se eu a tivesse conhecido antes.

Pra que insistir em relação de interesse ?

    Um velho sábio em sua montanha falou:

"Rapaz de bem doa sem olhar a quem."

    E ele sabia que não poderia explicar esse próprio fim.

Quem doaria ao rapaz de bem?

   Um tempo, uma conversa, uma escuta

...

   Nada surgiu.

Me sinto bloqueado, não ando escrevendo
Escrevo parado.
Mas no imaginário que me domina tudo é novo.
Estou de volta
Num sopro de experiências ariscas.
Das quais a gente não vem.
Vai!
Sem esforço ou querer.
É do viver essas coisas do coração
que com o cérebro tão ligados, dão as mãos.
E te trazem de volta pro que é racional.

O que diria Chico Science ?

Lá no nordeste a chuva lameou o caos. A falta de recursos e
o desvio de verbas piorou a situação. As pessoas morrem, passam fome, são
humilhadas. O pior é ver os próprios conterrâneos cruzarem os braços e lucrarem
com isso.

Parece que é sempre assim. Sempre essa parcela de vilões
contra o cidadão do mundo.

 O que diria Chico
Science agora que já não disse antes ?

O convívio com as pessoas me parece jogo de carta.

São personagens contracenando suas fantasias

Umas com as outras.

Teoria do nada 

Não escrevo

Não componho

Minha poesia se foi.

Apenas teclo

Em dedilhados

Sem nada a dizer.

Sem o que revelar.

Sou apenas um boi

vagando no pasto.

Sentindo o prazer,

quando quero escrever,

de me resguardar.

Vivo no desprezo de qualquer futilidade
Não me diga o que fazer
O que é ou não verdade.

Num qualquer cotidiano nós podemos aprender
Num país que todos dizem
quero ver pra crer.

Minha vida irrlevante nunca foi tão bela
Quanto mais a gente cai mais calmo supera.
Dois passinhos para trás, ou alguns a frente
Uma criança muito nova quase quebra o dente.

Você é tão certa em ser você.
E é tão lindo de se ver.
Um coração nobre faz um verdadeiro guerreiro.
Guerreira, cor da lama brasileira.
Eu te admiro tanto que as vezes paro e fico pensando, lembrando.
Palavras sinceras, olhar donzelo e puro.
Uma rainha.
Dona da alegria, da amizade, do amor.
Cheiro de flôr.
Eu te amo.

Seu maracatu pesa uma tonelada. E você merece.
Merece toda felicidade.

A percepção no mundo de hoje.

Arma, armadura, fogo.

Mas nunca tão fiel.

Temos de doma-la, juntar as partes, explora-la.

Traze-la a tona como o subconsciente

Racional.

Uma das coisas mais boa da vida é conhecer alguém.
É a transformação interpessoal, por menor que seja, que se da pro bem.
É comedia, drama, ansiedade, caos e lama.
Brincadeiras, brigadeiras, fusão, identidade retraida.
Bom também é ser conhecido, ser desvendado
desvendar.
Não conhecer de mais, nem saber profundo.
Alheias divergências que norteiam.
O bom da vida é amar, é ter amigos, é ser amigo.
É gostar, desejar, rir.
Se apaixonar tentando segurar a onda.
Deixar um lugar quando precisar.
Chegar.
Receber um abraço, se doar.
O bom da vida é ficar, é o que fica e nunca se apaga.
Sempre está.

De mãos cheias tentei pega-lo
e pro ser de vidro, tombado
cortei meus dedos afundo.
Sangrou muito até empoçar.
Mas estacou, estaca sempre.
Só espero que não reste por dentro algum cisco de vidro.
Pois se for assim não corro risco
Vai cicatrizar.
E ficará marcado.
Para sempre.

Mas se de mãos vazias eu tivesse, e fosse assim apanha-lo...

"Quem já passou por essa vida e não viveu
pode ser mais mas sabe menos do que eu
por que a vida só se da pra quem se deu
pra quem amou pra quem chorou pra quem sofreu

Quem nunca curtiu uma paixão
nunca vai ter nada não"

Volto pra casa sozinho
ela já não se encontra.
Deito na minha cama cansado
e não tenho mais pra quem ligar.
Como sem sentir o gosto.
Durmo sem sentir o sono.

A tristeza me faz companhia por abandono
Brigamos até acordar.

O sol nasce sem muita cor
trazendo um pouco calor
logo nem reparo mais.
A tristeza vai fazer suas coisas
me deixando o dia em paz.
Mas ainda sem sentir o gosto
o trabalho não me satisfaz.
Chego em casa no vazio
Na vontade de não voltar mais.

Um violão sem cordas
não pode tocar

Acordo incompleto

A esperança incerta

...

Um amor sem bandeira
não pode gritar

Dentro de mim um sentimento morre
Mesmo não querendo,
mesmo relutante.
Vai morrendo por falta de utilidade
E não sendo constante
ninguém mais o nota, ninguém o percebe.
Dentro de mim existe dor, medo
de uma nova vida, de um recomeço
Vou denovo a solidão reve-la ...

Enquanto dentro de mim o amor escapa,
mas já não tem pra onde ir ... não tem mais a velha estrada.

É DEVAGAR QUE SINTO

DE LEVE QUE TRANSBORDO

E NO DECORRER DAS EMOÇÕES

É QUE ME APOIO

NUMA INTUIÇÃO DIVINA

NO PRESENTE DE TUDO QUE JÁ FUI

NÃO SOU SARCASTICO

NUNCA FUI IRÔNICO

SOU APENAS CÔMICO DE CORAÇÃO

SEI AMAR A FLOR DA PELE

OPINO!

MAS É DEVAGAR QUE SINTO

DE LEVE QUE TRANSBORDO.

Era uma vez companhia
dois amantes que insistiam em se amar
Já fiz música
Já escrevi texto
poema ...
fui o desapego
Já senti saudade Tim
Não faço mais o bem
a não ser por mim mesmo
Sou problema, tão parado
estagnado
Não ligo
nem penso
tão pouco quero bem
sou moeda de dois lados
moeda que não existe mais
Virei verso de tristeza
lamento de dia inteiro
Noite inescrupulosa de enterro
Nasci saudade, morro solidão
Cresci da vontade, virei nada amigo
Nem pra quem quer pisar sirvo de chão.
Desintendido por desintender
não faço questão

"Corre solta suassuna noite
Tocaia de animal que acompanha sua presa
Escravo da sua beleza
Daqui a pouco o dia vai querer raiar

Ali tão sempre perto e não me vendo
Ali sinto tua alma flutuar do corpo
Teus olhos se movendo sem se abrir
Ali tão certo e justo e só te sendo
Absinto-me de ti, mas sempre vivo
Meus olhos te movendo sem te abrir

Corre calma Severina noite
De leve no lençol que te tateia a pele fina
Pedras sonhando pó na mina
Pedras sonhando com britadeiras
Cada ser tem sonhos a sua maneira
Cada ser tem sonhos a sua maneira
Corre alta Severina noite
No ronco da cidade uma janela assim acesa
Eu respiro seu deesejo
Chama no pavio da lamparina
Sombra no lençol que tateia a pele fina
Sombra no lençol que tateia a pele fina"

Uma teoria só é provada quando todos podem provar.

Um homem quando ama 

não é mais poeta

não sabe escrever

Todo seu desespero

de uma tal solidão,

não mais pede ajuda

sem quem oferecer

Já não prova o errado

que rodeia o mundo

Já não é mais sagrado

do vazio profundo

O homem que ama

só escreve a beleza

Poeta do amor

e não da tristeza

Pois em tudo que é lama

ele arranca flor

Mas quem sabe o que é o amor

o mais puro amor

Quem sabe o que é amar

do mais puro gostar

Os homens são espirituosos, são desintegrações de Deus, não tenho dúvidas.

    Homens amam seu coletivo, sua raça, seu orgulho de ser humano. Estão ai, criando tecnologia universal, despertanto para o futuro da humanidade.
É bonito de se ver como tudo acontece: energia solar, desenvolvimento sustentável, ecologicamente correto ...

Por outro lado, belezas naturais, natureza pura ... um garantindo a sobrevivência do outro, tornando cada parte um todo, uma linda unificação.
O homem ama sua vontade de ser Homem de Deus. Isso nos enche de orgulho.

   Mas ainda falta o amor entre homem e homem, entre um por outro, quando não se é coletivo. O preconceito ainda toma conta da mente, querem encaixar um ser humano num adjetivo basicamente sem sentido para almas tão grandes, tão vividas. Se perdem em classificar pessoas com termos pejorativos criados pela última década ... palavras que não significam nada, e que mudam o jeito de ser, vez ou outra, de pessoas que se tornam mesmo esses próprios termos, e ai se perdem, por serem fracas de auto-conhecimento, perante uma vida toda.

Ai dela se não me queresse.

Ah! Se sesse.

Terra herdade e calcinada,

não vazia.

Sobre teu solo sou mais um

que teu chão beija.

Filho, mais um, na luta

que assim seja.

Coração do reino de Deus

venha à nós.

Sou mais um como todos são,

como vós.

Se deixastes um filho na mão

um irmão desamparado,

ajoelhe e reze.

Peça proteção e rogue à Ele

que atenda a prece.

A gente que é emergente

tempo não tem

que se perca em terra mundana.

Faça o bem.

Beije a face do sofrimento

como se paz divina.

A caminhada só começou

Eita sina

Severinos de Marias

desçam o rio

E vejam a paisagem sofrida

que um dia

menina no meio da mata

foi só vida.

All Amadureço

Sabadar uma taça de vinho

Em baixa luz de sol ao céu nubloso

Ao passar por meu caminho

Pássaros cantam num belo alvoroço

Notas de todos os pingos

Chuva que liga o céu a terra

Paraisística natureza

Me toca o coração

Sem muitas palavras belas

Mas com os pés no chão

Retrato-te primeiro em versos

Pra depois numa canção

Corra
Coragem herói
Pouco selvagem

Dói no peito
O coração

Armadura de poucas palavras
Luto por ela

Volta correndo ao passado
Não vou
Quem foi ?
Quem foi ficou

Desejo o futuro em que estou
Presente do amor..

O professor

O que mais me ensinou, na escola da vida, foi o Mestre que lecionava o amor na matéria da compaixão.

E assim, todos os alunos viram professores.

Humildes na caridade da evolução.

Somos responsáveis por tudo que cativamos

Senhor presidente, meu salário agora dá até o fim do mês.

Esta é sua propaganda, de um governo bom.

O salário do pobre consegue cobrir o mês, enquanto o do rico não, então ele rouba, faz o caixa dois, esconde na cueca ...

É para cobrir as despesas do mês.

Despesas de gerações futuras!

Na capa da revista a publicidade do rico para o pobre.

Sem delongas envergonhadas.

Sem muito o que expressar
Dizem
que as vezes o silêncio nos faz sentir mais.
As pétalas da flor espalham seu cheiro pelo ar.
Vou-me sem saber
Já que
Sem fatos ou prova qualquer um pode falar.
E vou escrevendo pra me fortalecer
Me alimentando de fibras energéticas
expondo o que dentro de mim não preciso mais.

Pública privado rodeia mata

Usa-se bengalas em grupo

Guardam-se cada qual em silêncio

brizando o orvalho suor chuvoso.

Na penitência cotidiana calada

sobre olhares de quem nem vê ou sente

apenas olham por não ter o que mais vê

Sentem o que não podem fazer

Age calado o coração

É escuro o véu da igualdade

sem uma luz podem se perder

Se dão a mão tudo se clareia

na fresta do homem em sua caverna.

Quando estamos em paz conosco, e com quem amamos, a felicidade é inevitável.

Eu não sei o que é morrer

Mas sei o que é ficar

Imagino o momento antes, tudo acontece naquele segundo

O susto

O medo

O choque

E paro.

Então me vem a esperança

O céu

O universo

Deus!

E dai sigo em frente

Sou brasileiro da música

do samba

Da ginga na mão esquerda

e hamornias do coração nos dedos da mão direita.

Direito do verde e amarelo manga

Do marron escravo da terra.

E se me deixasse entrar no véu

de sua alma

Saber-te-ia do meu amor

De quanta dor me faz mais homem

A cada dia

de brasileiro que não desisti nunca

Encontraria a luz divina que também me completa

Luz da dona da alegria

Da magia de ser

a própria conquista

Há de unirmos todos.

Pétala branca de flor macia

jazz deitada no ar.

Deslizando suáve,

ainda macia e branca.

Paro meu caminhar.

Vem-me em absorver

dominante.

E fito-a caindo ao chão.

na surpresa de uma brisa leva,

resgata um sorriso

e vai viajar.

Jardins

galerias de ar-te respirar.

Quanto desconsolo escrevi aqui.

Falta de fé, desilusões pequenas perdidas no que se perdeu.

Sei que o Reino de Deus está próximo.

Não posso mais perder tempo nos problemas dos homens.

Ajuda-los-ei como posso.

Assim como eles me ajudam.