27 novembro 2009

Por palavras já não posso mais lhe expressar o meu mundo. Posso pegar sua mão, voar, por rios e pontes, te mostrar tudo que prezo. Então pelo reflexo nas águas claras do rio, você entenderia porque a realidade se mistura ao sonho.
Já não posso mais ouvir um não em forma de bloqueio, por ter errado tanto, talvez, no seu julgamente. Mas no meu espero a chance sempre por você me dizer o quanto posso brilhar.
Sem o raio de sol ninguém brilha.
Eu gostava de imaginar como eu seria quando velho, depois de ver tantas coisas. Vejo nos velhos a paciência e sabedoria que me faltam, apenas por vivência, e não por não saber. É tão bonito que emociona.
Meu objetivo nessa vida é aprender.
O maior erro de um aprendiz é não ser um aprendiz. É querer ser logo mestre. E mestre de verdade é a vida toda um aprendiz.
Nós podemos olhar pra trás e se orgulhar dos nossos erros, dos nossos medos, rir deles se tivermos bom humor. E o bom humor é fruto do acerto, que é fruto do erro.
Imagino um lugar sem máquinas, sem sujeira, onde teremos a capacidade de ser um só. Tudo junto misturado. Sem correria, sem mentiras.
Talvez, numa grande escala, seguimos todos à Deus, somos Deus.

18 novembro 2009






Os
caranguejos na lama afundados



seguem
cada qual a sua luz







Foi-se
tempo do lamazal



tempo
de brincadeiras



abraços
casuais ao longo do dia



de
risos, de conversas e alegria







Alegria
de meninos







Eram
tão felizes e não sabiam



quem
dera podê voltar um dia



pensava
o caranguejo seguindo a trilha







Rezava
por seus malungos







E
pensava no bom da vida



o
quanto percorrido havia



sentia-se
bem vendo seu caminho



caminho
menino que crescia







Pensava
em Deus



de
antenas atentas



Sentiam



Caranguejos



Seguiam




14 novembro 2009






Campeão



Quem
tem o que dizer ?



Vai
falar ?



Vai
chorar ?



Ou
vai correr ?




pode!



Porque
peito pra enfrentar não tem



Cara
a cara



A
verdade



Vai
Deus, mande um dos bons aê!




06 novembro 2009


Do bachianismo

Porque andastes assim sem rumo
Passos confusos
Pés pelas mãos
E passos de volta
Não sabem se vão
Mas rodam, dançam, sambam
Abrasileirando o salão
Parecem meninos
Falantes, tão soltos
Como se deslizassem
Piso de sabão
De repente se incham
De cores alegres
Até que anoitece
Num véu de balão
Viram sonho
A alma aflorece
Tudo acontece
Naquele salão
Cócegas
Mexe mexe
Pegam na mão
Até quem não cresce
Dança o baião
Zabumba remexe
Flauta amolece
E chora as vésperas
Do fim da canção
As portas se fecham
As rodas se vão
Só resta uma nota
Em tom de partida
Ressoando
Triunfante
A despedida

05 novembro 2009






Meu bem! Pena tenho
também



Não por quanto nos
damos



Porque sei que é só
bem



Nem pela saudade que
sinto



Que me acompanha



E que saudade de
bem-querer



Minha pena já nem sei
mais



De tão leve avoôu



Mas veja o lado bom



O lado do amor



Descrevo-me em versos



Somos um querer



Tão complexos



De amar e viver




04 novembro 2009






De repente a calma



A alma







Assopra











Serenidade











Versos pequenos











Sopra o vento







Denda roupa











Escorrega











Desliza um beijo







Arrepia











 passarinho









Podemos pensar



Sentir



Criar



O que se possa
imaginar



Sentir



Raiva até



Ódio



Se inventamos amor



De onde nem tem
compaixão



Apenas palavras belas



Conseguem perdão ?



É tudo aumentado



pela imaginação!




03 novembro 2009








Você
que se acha forte, pensa que pode se impor à todos só porque se sai bem numa
rodinha social de merda, onde tudo é figurinha perto da realidade. Tira os
fracos como se arrastassem na terra, menosprezando-os em seu próprio
julgamentozinho inútil. Acha que não deve estender a mão.



Sim seu pirralho, estou
aqui pra te derrubar, fazer-te beijar o chão, arrastar-te por duras pedras por
que passei, enquanto você voava no seu balãozinho mágico sem sair do lugar.



Chegou a hora de si
assumir um fraco, mostrar seus problemas escondidos, presos no seu estomago sem
poder engolir.



Sem digerir, peidando
ao vento.



Você é fraco, você é
carente, nem se mostra de verdade, tem medo do seu próprio corpo, da sua mente.



E mente, mente que
nem sente. Tanta baboseira inútil jogada no espaço.



O tempo acabou, todos
vão te ver agora e amanha, no tempo dos fracos, onde vai estar jogado as perdas
sem memórias pra te salvar.



E ai sim, vai ver a
merda que você foi pro mundo, pra humanidade.



Eu desafio aqui, sem
piedade, qualquer forte afora nessa estrada, se tem peito a si encarar. E
depois ainda si dar um tapa na cara!



Podridão do mundo.
Atraso de vida, toma seu rumo!




02 novembro 2009


O primeiro beijo a gente nunca esquece
Mesmo quando parece um beijo precoce
Quando os lábios se tocam
A língua adormece.
Só sente o pulsar de um coração
Que se amadurece.
Então surge o amor
Mais puro que a prece.
A vida começa
As brincadeiras passam
Desaparecem.

De agora em diante sou fantasma
Alma penada que só vê.
Que roda só pra mode sabê
rolando o que nessa vida afora.
Posso até ajudar os amigos
e as pessoas de bem querer
E se Deus permitir um cadim
tirá uns dias de lazer.
Pois é que nesse universo todo
Tem chão demais pra fantasmiá