Clarêncio

Lá esta ele em seu mundo paralelo
Infeliz por ter tudo
Triste por ser observado.
Pensa que sabe demais.

Vou seguir ao seu lado
Fumar sua fumaça
Desfrutar de tais idéias incomuns
Pensamentos que sei demais.

O melhor observador não é observado.
Mas as sanguessugas me corroem.
Vou traze-lo ao meu lado
Da minha matéria, ausência.

Essa energia é minha.
Eu a vejo, eu a sinto
E ele não sabe de nada.
Penitência.

E quando se abrir novamente aquele vazio
Vou fazer dele o meu lar.
E vou me alimentar de frustações
Defecando a fé e a ilusão.

Mas ele me ve no sonho
Ele sabe
E já sinto as presenças.

Eles querem que eu vá embora
Que eu siga sozinho

Dizem que eu tenho meu próprio caminho.
Dizem que sou um prisioneiro.

Vou deixar o caminho dele
E desbloquiar a liberdade por inteiro.

Aquele que está desgostoso da vida, mas não quer suicidar-se, é culpável em procurar a morte sobre um campo de batalha, com pensamento de torná-la útil ?

He lost his mind today
He left it out back on the highway
On "65"
She loved him yesterday
Yesterday's over
I said ok
That's alright
Time moves on
That's the way
We live an hope to see the next day
That's all right

Sometimes these things they are so easy
Sometimes these things they are so cold
Sometimes these things just seem to
Rip you right in two
Oh no man don't let 'em get ta you

O peso do dia é posto na balança do sono.

Arte

Mangue

Que a lama já vai fechar

Arte

Mangue

Que a lama tá pra´fundar

Foi quem disse o pescador que foi longe procurar

E cada vez fico mais frio
Minhas mãos cada vez mais geladas
tocam o rosto dela.
Esfria.
E então dizem que eu não tenho um coração.
Mas ele bate congelado
Tão profundo que as vezes até eu o esqueço.
E tudo que me passa se arrepia.
Mas eu sou coração
Deus.
E sou alma fria.
E vou trocando energia com meus vários eus.

Eu te amo

Enquanto cores no meu quarto
mudam, conforme as cenas da televisão
Um "bixo" grilo invade o meu espaço
e compartilho com um aperto de mão
Ele sabe o que fazer com sua perna
e junto compomos uma canção
de cenas boas a brilhar com vistas belas
pelas janelas
O bixo grilo a viajar
Ele sai pela varanda
com uma sensação de dever cumprido
de música boa e feita sincera
com o brilho no olho, negros e profundos.



manamauê
2006

A minha religião é a solidão.
E por ela guio minhas amizades
Meus amores.
Como a ilha mais bela e isolada
Protegida pelo mar violento.

Me calo.

Diante ao ralo
vendo a sujeira fluir.

E vai lenta, se misturando
Navegando até sumir.

E toda aquela sujeira é parte de mim.

E toda vez que me lavo é para me sujar outra vez.

Hoje me sentei ao lado da noite
Toda meiga andando pela rua.
Lhe ofereci carona
Ela parou
Me olhou por alguns segundos nos olhos
Exitou.
Mas não resistiu
Batemos de frente.
Ai já viu.

Hoje conversei com a noite.
Ela me disse em sussurros
como era viver todo dia ali.

Hoje toquei a noite
E seu brilho iluminou meu escuro.
E aquela pele macia
presente da lua
É coisa que nunca vi.

Noite
Preta
Sumindo no escuro se foi.

A dependência.

Eis que inspiração mãe.
Quantas coisas já li,
e ao lado já vivi
de frutos de mãe tão presente.

As palavras existem para diferenciar o que vemos e sentimos.

Se tenho o dom de ser feliz
com meu próprio nariz
Não preciso de mais nada.

Então em paz
Posso apenas desfrutar
De tudo aquilo que me passa.

O espelho da alma
Mostra seu brilho.
Com feição de dor
Em local de abrigo.

Uma tristeza tranquila
Reje o viver
Simples
Como o gingado das folhas

Ao balançar,
pelo vento puro,
no movimento ...

Leva consigo
Ao redor do mundo
O que é amar.

O mundo cria o homem
forte, inteligente, fraco
sob pressão
O Homem se destrói
Cade sua mãe
E o Lugar onde nasceu
Pra comprar falsa utilidade
O homem destrói a natureza
o mundo é natural

Dinheiro pra que?
por que?
Nascemos para faze-lo
Quem disse que quero isso
A lavagem Cerebral do money
onde chegaremos?



2004