15 dezembro 2011

Eu era vida!
Agora não sei onde estou.
Eu era minha e agora não sei mais de quem.
Eu era benjaab, era sertão.
Vivia de nordeste a sul com meus pés no chão.
Não era preso, voava solto.
Era louco e totalmente são.
Eu era novidade, samba psicodélico.
Mas tinha história, tinha nexo.
Eu era amizade, forte como o sol da tarde.
Fui buscar longe meu grande amor.
Eu era sorriso, mesmo em solidão.
Eu era silêncio em contemplação.
Eu era siba, fuloresta, mestre syd e árvores.
Eu era pássaros todos, era cada detalhe da natureza.
Sim, eu era beleza para o mundo, de raiz forte.
Eu era ácido, doce, fumaça e pó.

Eu tinha voz para unir o mundo numa canção só.