14 agosto 2011

O parque solitário



É assustador como o tempo brinca com a percepção humana. 


O tempo e a memória. 


Crianças lúdicas de imaginação fértil.


Brincam solitárias num parque abstrato.


E quanto mais um cresce, mais o outro se esquece.


Ligadas por uma eternidade relativa.


São obrigadas a conviverem juntas, mudas, sem palavras.


E quando morrem são apenas imagens, velhas.


Esvaerecidas de tanta solidão.


Um comentário:

  1. Gostei muito!!! O tempo nada mais é do que um mero meio de transformação. Muda-se aquele que reconhece no tempo uma oportunidade de crescer... Miriam

    ResponderExcluir